quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

MENINO DA ROÇA


Menino de estilingue no pescoço,
no mato as arapucas,
na cabeça o ribeirão...

Menino da roça,
voaram pra longe os passarinhos,
era primavera,
quase verão.
Ficaram os morros desbotados,
desnudos,
maltratados
e no redemoinho do vento
foram-se as ilusões.

Menino da roça,
maltrataram a tua estrada,
alongaram teu destino.
Foi o pó da saudade
que cicatrizou tuas feridas,
foi a brisa da madrugada
que te fez poeta na cidade.

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