da relva orvalhada,
da terra fértil molhada
pelas chuvas de janeiro.
Ainda sinto o cheiro
das mangas maduras,
dos cravos e das rosas,
dos currais e dos galinheiros.
Ainda sinto o cheiro
do cafezal florido,
dos humos pútridos
e das velas queimando na capela.
Ainda sinto o cheiro
do capim gordura, ao vento bailando,
das cabras e dos bodes pastando
diante da minha acanhada janela.
Ainda sinto o cheiro
dos paus de fumos perfilados ao sol,
das espigas de milho no paiol
e do café secando no terreirão.
Ainda sinto o cheiro
dos araticuns floridos,
dos arreios velhos esquecidos
nas paredes do galpão.
Ainda sinto o cheiro
do moinho de fubá,
de um pobre gambá
no tronco oco da goiabeira,
das uvas maduras no parreiral,
das roupas secando no varal
e do perfume da cabocla namoradeira.
Que gostoso!
ResponderExcluirPude sentir o cheiro de tudo que mencionaste em tua poesia.Acho que é por que falas de tudo isso com muita propriedade.
Um abraço, ROSE